Formado por cinco homens, o grupo foi preso pela Polícia Civil do DF depois de ameaçar e tomar, ao menos, 15 lotes de moradores da região. Apontado como chefe do esquema, Ederson França foi detido no começo deste mês
Com pouco mais de 45 mil moradores e caracterizada pela extrema pobreza, a Estrutural carrega, há décadas, problemas como falta de infraestrutura, saneamento básico e regularização fundiária. A situação precária facilitou a ação de uma associação criminosa envolvida na prática de crimes graves, como estelionato, falsificação de escrituras e documentos públicos, porte ilegal de armas de fogo, tráfico de drogas, ameaças, injúrias e lavagem de dinheiro. Em quase dois anos, um grupo formado por cinco homens invadiu ao menos 15 casas e expulsou moradores sob ameaça de morte. Apontado como o chefe do esquema, Ederson França Cavalcante, 27 anos, conhecido como “Chininha”, e temido na região, estava foragido desde julho de 2021 e foi preso pela Polícia Civil do DF (PCDF) em 4 de abril. O Correio teve acesso a documentos e processos que detalham como funcionava os criminosos atuavam, e entrevistou vítimas que caíram na armadilha.
A PCDF iniciou a investigação do grupo em julho do ano passado, quando os policiais da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) começaram a receber inúmeras denúncias similares: a invasão e a tomada de lotes na região. Ederson França, Wesley Carvalho Bezerra (o “Instalação”, braço direito de Ederson), Luis Antenor Cruz Silva, Jeferson Santos Teixeira e Pedro Henrique Ribeiro de Souza agiam da mesma maneira. Sem limite ou medo, os acusados escolhiam vítimas mais vulneráveis, como idosos ou mulheres chefes de família. Em seguida, criavam subterfúgios para tomar posse dos imóveis.
Por Correio Braziliense