Agindo sempre dentro de banheiros de estabelecimentos comerciais, igrejas e instituições de ensino, Jonathan Alves Ramos (foto em destaque), 29 anos, coleciona ocorrências policiais de assédio e importunação sexual. O caso mais recente ocorreu no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB).
Um mês antes de filmar uma estudante de 22 anos no banheiro da UnB, o suspeito foi preso em flagrante após se masturbar no sanitário feminino de um bar da Asa Norte. Uma cliente presenciou o episódio. Ele foi identificado
por seguranças, por volta das 21h30, e correu por mais de 1km antes de ser detido pelos funcionários.
Jonathan acabou preso em flagrante. Ele confessou o crime, e familiares informaram aos policiais que ele sofre de problemas psiquiátricos.
Em março deste ano, o jovem cometeu o mesmo crime no banheiro feminino de um cursinho da Asa Norte. Na ocasião, duas mulheres o flagraram se masturbando dentro de uma das cabines do reservado por volta das 18h40. A Polícia Militar o prendeu.
Caso semelhante foi registrado em novembro de 2021 em uma igreja evangélica, também na Asa Norte. Testemunhas informaram que Jonathan Ramos filmou mulheres dentro do banheiro feminino do templo. Uma vítima chegou a sair correndo do local ao perceber que era gravada.
À época, o suspeito estava em liberdade provisória por importunação sexual praticada em julho de 2021 em um cartório de notas do Plano Piloto. Em 2020, a polícia o prendeu duas vezes após se masturbar no banheiro de um centro clínico e de um bar do Sudoeste. O autor também chegou a ser detido em 2019 por ato obsceno.
UnB
Conforme a coluna revelou, a aluna do curso de serviço social da UnB denunciou o assédio, ocorrido na última terça (7), por meio das redes sociais.
A jovem detalhou que foi vítima do crime no Instituto Central de Ciências (ICC) Sul. “Quando me dirigi ao banheiro superior e estava dentro do box, usando o sanitário, vi que alguém estava me filmando ou tirando fotos num momento de privacidade pela parte de cima do box. Fiquei pasma, sem reação. Gritei”, narrou.
Ela seguiu contando que, “ao sair do box, não tinha nem fechado o zíper da minha calça direito, e o pervertido já estava longe”. Explica que conseguiu ver que ele estava de escura, blusa preta e máscara. “Muitas pessoas o viram correndo, mas não sabiam do que se tratava e não fizeram nada. A segurança? Agiram como se fosse mais um caso”, reclamou.
A estudante ressaltou que um professor da universidade precisou sair de sala de aula para acompanhá-la até a sala de segurança, pois, “sozinha, ela não teria sido levada a sério”. A vítima narra que “estava em prantos” e descreveu o episódio como “situação horrorosa e humilhante”.