Padastro é preso suspeito de matar garoto que foi afogado em lama, em Goiânia
Padrasto é preso como suspeito da morte do menino Danilo Sousa, afogado em lama em Goiânia
A Polícia Civil prendeu duas pessoas, nesta sexta-feira (31), suspeitas de envolvimento na morte de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, que foi achado morto em uma mata, a cerca de 100 metros da casa onde morava, em Goiânia. Um deles é o padrasto do menino, Reginaldo Lima Santos. O outro detido foi identificado como Hian Alves de Oliveira, filho adotivo do pastor que mora na mesma rua.
O G1 tenta localizar a defesa dos detidos para que se manifeste sobre o caso.
De acordo com a Polícia Civil, os presos confessaram ter matado o menino como forma de vingança em razão de suposto mau comportamento da criança. Em depoimento, Hian, que trabalhava como servente de pedreiro, relatou que auxiliou Reginaldo a levar o corpo do menino para a mata e, para isso, receberia uma moto e um carro como pagamento.
“No dia da morte do menino, eu estava trabalhando na obra. O padrasto arrastou o menino lá para dentro [da mata] e machucou ele com um pau. Fui até a beirada da mata para levar o menino, segurando pelo braço. Depois, fui trabalhar e ele ficou com o menino na mata”, detalhou Hian Alves.
Segundo a família contou à Polícia Civil, Danilo sumiu no último dia 21 de julho ao sair para ir à casa da avó. Seis dias depois, um corpo foi encontrado na região e, no dia seguinte, a corporação confirmou que se tratava da criança que estava desaparecida.
O delegado Rilmo Braga, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), responsável pela força-tarefa montada para solucionar o caso, explicou que o padrasto estava insatisfeito com a convivência com o menino e tinha aversão às crianças que não eram filhas dele, mas frutos de outros relacionamentos da esposa.
Dois fatores são considerados fundamentais pelo delegado para concluir o inquérito: as informações reveladas por Hian e o depoimento de um adolescente que teria acompanhado toda a movimentação dos suspeitos durante o crime.
O delegado Ernane Oliveira Cazer, que também investiga o caso, descreveu a participação do servente de pedreiro. “O padrasto prometeu uma moto e um carro para Hian ajudá-lo. Ele, então, esperou o padrasto e o menino entrarem na mata e, depois, foi ao local para ajudar a segurar a criança, enquanto o padrasto machucava o menino, por pura maldade”, detalhou o investigador.
Rilmo Braga explica que Hian trouxe revelações que somente uma pessoa que esteve no local do crime poderia saber. “A outra testemunha, que será guardada em sigilo por se tratar de um adolescente, presenciou o adentramento dos suspeitos na mata”, esclarece o delegado.
Parentes desse adolescente, de 13 anos, revelaram que ele teria visto Danilo no campinho de futebol do bairro no dia em que o garoto desapareceu. Após o crime, o menino viajou para a casa de parentes no Tocantins. Por isso, segundo a família, policiais foram buscá-lo para que ele prestasse depoimento.
Os dois detidos foram levados para a Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). Eles foram presos pelo crime de ocultação de cadáver em conexão com homicídio qualificado.
Velório
Danilo foi enterrado no Cemitério Municipal Vale da Paz, em Goiânia, na tarde de quarta-feira (29). Durante o velório, os padrasto se mostrou inconsolável e precisou ser amparado por dois homens.
Já a bisavó do garoto, Maria de Almeida Silva, estava emocionada. “Esquecer, nós nunca vamos esquecer, mas Deus vai consolar a gente porque a aflição é muito grande”, relatou emocionada.
Pai do menino, Damião Sousa e Silva mora no Pará e não teve condições de ir ao velório e enterro do filho, mas também disse que lembra do filho como uma criança diferente. “Na época que eu saí daí ele só tinha 2 anos de idade, mas era um menino especial”, afirmou.
fonte:https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/07/31/padrasto-e-preso-suspeito-de-matar-garoto-que-foi-afogado-em-lama-em-goiania.ghtml
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