Filhotes de sauim-de-coleira, espécie ameaçada de extinção, nascem no Zoo de Brasília

Dois filhotes de sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) nasceram no Zoológico de Brasília no início deste mês. A espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Ainda não se sabe qual é o sexo dos filhotes, pois eles estão sob os cuidados dos pais desde o nascimento, como é comum entre os primatas. Os técnicos da Fundação Jardim Zoológico de Brasília (FJZB) acompanham a rotina e os cuidados da família.

Os pais dos filhotes foram transferidos para o Zoo de Brasília pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) devido a resgates que ocorreram em Manaus (AM) em 2017 e 2019. Por ser espécie ameaçada de extinção, a FJZB tem como uma das prioridades de sua atuação a reprodução destes animais.

A expectativa é de que, após atingirem a fase adulta, os filhotes recebam a recomendação da Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (Azab) para se reproduzirem com outros da mesma espécie em outras instituições brasileiras e, assim, contribuir com a variabilidade genética dos sauins-de-coleira sob cuidados humanos.

“O sauim-de-coleira é uma espécie endêmica do Amazonas, então estão acostumados com um ambiente bastante úmido. Por isso, preparamos um recinto especial para eles, com adequação de umidade e temperatura, barreira de vidro, água corrente e vegetação”, explica o diretor de Mamíferos do Zoo, Filipe Reis.

 

O Zoológico de Brasília participa do programa de reprodução em cativeiro do sauim-de-coleira e trabalha em parceria com a Azab. Para Reis, a manutenção destes animais em zoológicos é de extrema importância para a conservação da espécie.

“O programa de conservação atua de maneira a garantir uma população viável nos zoológicos brasileiros, que possa ter indivíduos para a reintrodução na natureza no futuro, caso seja necessário. Os zoológicos modernos devem ser uma ferramenta para que possamos evitar a extinção de espécies causadas pelo homem, sempre priorizando espécies ameaçadas de extinção e garantindo o bem-estar dos indivíduos”, avalia.

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