PCDF vai intimar Neymar a depor como testemunha em operação contra agiotagem

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou, na manhã desta sexta-feira (27/1), que vai intimar o jogador de futebol, Neymar da Silva Santos Júnior, de 30 anos, a prestar depoimento na condição de testemunha, no âmbito de uma operação que investiga um esquema de agiotagem, receptação de joias e pedras preciosas e lavagem de dinheiro.

De acordo com a corporação, Neymar teria adquirido duas joias de um dos alvos da Operação Huitaca, deflagrada hoje. Até a última atualização desta reportagem, três pessoas foram presas durante a ação.

As prisões ocorreram no Park Way, Águas Claras, Vicente Pires e Ceilândia. Também foram cumpridos mandados de busca em uma joalheria de Taguatinga, no cassino de poker do grupo em Águas Claras e em uma marina da Asa Norte.

 

Foram sequestrados, por ordem judicial, dois veículos importados, da marca Porsche e Land Rover, e uma lancha de 50 pés, avaliados em R$ 2 milhões. Também foi determinado o bloqueio de valores em cinco contas dos investigados, no montante de R$ 16 milhões.

“Um dos presos já se envolveu em delitos de extorsão, receptação, furto e homicídio. Um dos alvos, que está cumprindo prisão domiciliar, já é considerado foragido e ainda é procurado por equipes da PCDF”, destaca o diretor da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), Luís Fernando Cocito.

Empréstimo de dinheiro

A investigação apontou que o grupo era voltado ao empréstimo de dinheiro a juros superiores aos permitidos e cobrava os valores mediante o emprego de grave ameaça. Durante as cobranças, o grupo também exigia, como garantia, a transferência e entrega dos veículos dos endividados.

De acordo com as apurações, os envolvidos são donos de um cassino de poker em Águas Claras, por meio do qual também realizavam agiotagem, mirando jogadores que se endividavam nas partidas de poker.

“A lavagem do dinheiro da agiotagem e da receptação das joias e pedras preciosas acontecia por intermédio das contas de seis empresas de fachada, sediadas em Brasília e Goiânia, e dá conta de um testa de ferro, que também foi preso. Estima-se que, entre 2019 e 2021, o grupo criminoso movimentou R$ 16 milhões”, explica Cocito

A operação é fruto de trabalho conjunto da DRF e Secretaria de Fazenda do DF e contou com a participação da Receita Federal e apoio da Marinha do Brasil.

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