Na manhã desta quinta-feira (2), a Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), deflagrou a Operação Fênix, uma ação com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão em vários locais no Distrito Federal e no Estado de Santa Catarina. Contra um dos presos também havia um mandado de prisão condenatório, de 10 anos, que também foi cumprido. Os presos respondem pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsidade ideológica, cujas penas podem ultrapassar 18 anos de prisão
Conforme as investigações, os suspeitos lavavam dinheiro por meio de pelo menos cinco empresas fantasmas em nomes de familiares e de terceiros, alguns inclusive laranjas. Os crimes ocorriam desde 2019.
De acordo com o delegado coordenador da Corf, Wisllei Salomão, essas “pessoas não tinham capacidade financeira para serem proprietárias das empresas ou realizavam transferências de valores entre si para ocultar a movimentação e a propriedade de bens de origem ilegal”.
Segundo a polícia, três destes investigados já haviam sido condenados, em 2017, por crime de pirâmide financeira, organização criminosa e lavagem de dinheiro. À época, o grupo criminoso foi desarticulado durante a deflagração da Operação Patrick, também realizada pela Corf, com objetivo de investigar uma organização criminosa enganou e roubou mais de 760 vítimas, por meio da criação de uma moeda virtual denominada kriptacoin.
Os criadores dessa moeda virtual lá em 2017 são os irmãos Weverton Viana Marinho e Welbert Richard Viana Marinho, ambos detidos pela PCDF agora nesta quinta (2). O delegado ainda acrescentou que os irmãos seriam os reais donos do dinheiro e que o nome deles não figura na documentação das empresas laranjas.
“Os proprietários reais do dinheiro e das empresas se tratam de dois dos suspeitos, os quais não aparecem como responsáveis legais pelas pessoas jurídicas, que se tratam de construtora, holding, hotel e financeira, dentre outras”.
Operação Patrick
Os integrantes do grupo atual ostentam riqueza nas redes sociais, com postagens de carros de luxo, passeios em embarcações e objetos caros. O objetivo, conforme mostra a investigação, é o de atrair clientes e investidores. Os golpistas enganavam as pessoas dizendo estarem construindo empreendimentos de altíssimo em Santa Catarina.