Suspeito de liderar ataques no Rio Grande do Norte é morto em confronto na Paraíba

Um homem apontado como financiador e um dos líderes dos ataques criminosos realizados em diversas cidades do Rio Grande do Norte foi morto em confronto com policiais na Paraíba, na madrugada desta quarta (15).

O suspeito, identificado como José Wilson da Silva Filho, 29, era foragido e estava escondido em uma residência no bairro de Paratibe, em João Pessoa, segundo a Polícia Civil potiguar.

A operação foi realizada em conjunto pelas polícias de Rio Grande do Norte e da Paraíba. O homem teria recebido os agentes a tiros.

De acordo com as investigações, o suspeito era responsável por financiar e distribuir armas para o grupo que realizou os ataques. Com ele, a polícia apreendeu uma pistola e um carro.

Durante o confronto, ele foi baleado e socorrido no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu.

 

Diante da violência, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, autorizou o uso da Força Nacional de Segurança, e parte da equipe chegou ao estado no início da madrugada desta quarta. O primeiro avião da FAB (Força Aérea Nacional) pousou com 30 policiais a bordo, e um segundo avião, com mais 70 agentes, chegou logo depois.

Os ataques começaram na madrugada de terça (14), com ônibus incendiados e alvos de tiros e depredação de prédios públicos, bancos e lojas. Ao menos 25 suspeitos foram presos. Um adolescente também foi apreendido, e outro suspeito foi morto em confronto com policiais, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do estado.

Atos criminosos foram registrados em ao menos 14 cidades: Natal, Acari, Boa Saúde, Caicó, Campo Redondo, Cerro Corá, Jaçanã, Lajes Pintadas, Montanhas, Mossoró, Parnamirim, Santo Antônio, Tibau do Sul e São Miguel do Gostoso. Há relatos de ocorrências em outros municípios. O governo do estado confirma que houve novos ataques nessa madrugada, mas não diz em quais cidades nem quais foram os alvos.

Prefeituras de ao menos oito municípios suspenderam diversos serviços públicos, como exames, transporte, evento esportivos e aulas, em função da insegurança.

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