A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), deflagrou, na manhã desta quarta-feira (21), a Operação Mobília de Ouro, para investigar contratos em que a Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal adquiriu mobiliário, equipamentos escolares e eletrônicos e outros bens para supostamente atender necessidades escolares.
Se condenados, os investigados podem pegar mais de 30 anos de prisão.
Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal; em várias regiões administrativas e no Entorno; na Cidade Ocidental, no GO. Os locais abrangem a Secretaria de Educação, as empresas envolvidas e as
residências dos investigados.
As investigações apontaram a existência de um grupo criminoso articulado, estruturado e especializado. Segundo a PCDF, os envolvidos teriam utilizado de subterfúgios para revisar valores e aumentar em 88% os preços constantes da ata de registro do órgão; ou seja, uma despesa de R$ 21,6 milhões foi majorada para R$ 40,7 milhões em razão do esquema criminoso.
Para tanto foram utilizadas propostas de cinco empresas, que possuem vínculos entre si e que aparentemente não exercem nenhuma atividade; sendo três delas com endereço cadastral no mesmo andar comercial que, em tese, seria o mesmo local de funcionamento da empresa vencedora, que registrou seus preços.
Apurou-se, ainda, que o responsável contábil da empresa vencedora é contador de três empresas das cinco que apresentaram a proposta para subsidiar o aumento dos preços.