A Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, por intermédio da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRFV I) da Corpatri, deflagrou, entre os dias 9 e 13 de setembro, a Operação Attrack.
As ações visaram desarticular uma associação criminosa voltada para a prática de furtos de caminhonetes de alto luxo e grande valor agregado na capital federal. As investigações apontaram que as caminhonetes eram furtadas em regiões nobres do Plano Piloto, sempre com um modus operandi sofisticado, que consistia em burlar os sistemas de segurança instalados nesses veículos, que contam com dispositivos e itens de alta tecnologia para impedir qualquer tipo de ocorrência criminosa.
O diretor da DRFV I, delegado Konrad Munis, destaca que no último dia 9, os criminosos subtraíram uma Nissan/Frontier, avaliada em R$ 250 mil. Imagens de segurança do local mostram o momento exato em que um dos envolvidos se aproxima da caminhonete, estacionada em uma quadra da Asa Sul. “Com o emprego de técnica criminosa especializada, esse criminoso consegue rapidamente abrir e acionar a ignição do veículo e, logo em seguida, fugir na condução da caminhonete.”
Comprovada a ação criminosa, os investigadores empreenderam diligências durante as 72 horas subsequentes ao furto, quando foi possível, localizar na última terça-feira (12), a Nissan/Frontier em uma residência situada em um condomínio fechado de Sobradinho.
Quatro criminosos foram surpreendidos e presos em flagrante no local quando finalizavam o processo de supressão e remarcação dos sinais identificadores da caminhonete furtada.
Um deles confessou a prática do furto qualificado do veículo. “Ao ser localizada, a caminhonete já estava praticamente toda feita, ou seja, tinha todos os sinais identificadores adulterados, como as duas placas e chassi. A numeração do chassi, inclusive, estava no vinculada a outra caminhonete original, cujo proprietário reside em Águas Claras.
Desse modo, foi possível confirmar o grau de especialidade desse grupo criminoso”, destaca o delegado da DRFV I. Além do veículo, foram localizados e apreendidos diversas ferramentas e vários instrumentos utilizados na adulteração de sinais identificadores de veículos automotores.
Os indivíduos presos—que já foram alvo de operações anteriores realizadas pela Corpatri— foram todos conduzidos à sede da Especializada e submetidos aos procedimentos legais. Eles irão responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e adulteração de sinais identificadores de veículo automotor.
Em caso de condenação pelos delitos imputados, o somatório das penas atribuídas pode ultrapassar os 15 anos de prisão. Modus Operandi do grupo criminoso A associação criminosa atuava de forma ousada e destemida, com sofisticado modus operandi, pois para conseguir acessar veículos dessa categoria e status de luxo, exige-se conhecimento e recursos diferenciados.
O grupo concentrava as atividades criminosas na região do Plano Piloto. As ações delituosas contavam com um planejamento logístico e operacional, desenvolvido pelos seus integrantes, abrangendo toda teia que envolve o delito de furto qualificado de veículo, ou seja, da subtração, ocultação e adulteração, até a sua receptação e destinação final.
Os envolvidos são experientes no cometimento dos crimes e adotam a atividade criminosa como modelo e sustento de vida. Continuidade das investigações
As investigações prosseguirão no sentido de identificar novos elementos que integram o organograma criminoso descortinado, permitindo assim, a ampliação do rol de responsabilização criminal de outros atores envolvidos. “A continuidade das investigações visa aferir a existência de outros tentáculos da associação, como, por exemplo, os responsáveis por promover as interações financeiras do grupo e os destinatários finais dos veículos subtraídos”, finaliza Konrad Munis.