A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DOT/DECOR), em conjunto com a Secretaria de Estado da Fazenda do Distrito Federal, deflagrou na manhã de hoje (22), a OPERAÇÃO CHARTA, visando o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais.
A operação visa o combate ao crime de sonegação fiscal, envolvendo grandes devedores do Distrito Federal, bem como os contadores das empresas envolvidas, a fim de desarticular o esquema montado pelas empresas sonegadoras e de recuperar ativos aos cofres públicos
A investigação indicou a existência de uma associação criminosa para a prática de sonegação fiscal, utilizando documentos falsos para constituição de empresas em nome de “laranjas” e para a blindagem patrimonial.
Os investigados criavam empresas de forma contínua, abandonando as anteriores com dívidas fiscais, para garantir a continuidade do comércio, mesmo sonegando impostos.
Ao longo dos anos, foi gerando um prejuízo aos cofres distritais em quantia superior a R$ 61 milhões. As buscam visam consolidar os elementos probatórios já existentes, identificar comparsas, apreender documentos, aparelhos eletrônicos, além de colaborar para o ressarcimento dos cofres públicos.
As diligências estão sendo cumpridas em Brasília e no Lago Norte, nas cidades de São Paulo/SP e Buritis/MG, na sede das empresas do grupo, nas residências dos investigados e nos escritórios de contabilidade responsáveis pela escrituração fiscal e contábil das empresas do grupo. Participaram da ação de hoje cerca de 70 policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, dentre delegados, agentes, escrivães e peritos criminais, além de equipes das polícias civis de São Paulo e Minas Gerais e 20 auditores fiscais da Secretaria de Estado da Fazenda do Distrito Federal. Os suspeitos responderão pelo crime contra a ordem tributária (sonegação fiscal), associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de capitais. Se condenados, podem pegar até 30 anos de prisão. O nome da operação, “Charta”, que significa papel em latim, é uma alusão ao fato de o grupo atuar no ramo de papelaria.