PCDF deflagra Operação Bad Credit e prende sete pessoas em flagrante

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 5ª DP (Asa Norte), deflagrou na segunda-feira (4) a operação Bad Credit.

A ação teve o objetivo de desarticular uma associação criminosa especializada em aplicar golpes em idosos, utilizando o modus operandi do desconto indevido no cartão. Os policiais cumpriram dois mandados de busca e apreensão expedidos em desfavor de uma empresa de crédito, localizada no Setor Comercial Sul, e do representante legal do estabelecimento: um morador de Águas Claras. Sete pessoas foram presas em flagrante pelos crimes de associação criminosa e corrupção de menores.

Três menores também foram autuados por ato infracional análogo a associação criminosa. Durante o cumprimento dos mandados, os agentes constataram que a empresa estava em pleno funcionamento e que duas vítimas estavam sendo atendidas no local.

 

Os acusados, que utilizavam centrais telefônicas para entrar em contato com as vítimas (idosos e pensionistas), apresentavam-se como representantes do INSS e afirmavam que tinham identificado descontos indevidos no benefício da pessoa.

 

Eles afirmavam que, para terem os valores de volta, as vítimas deveriam ir até a empresa. No local, os funcionários tiravam fotos das pessoas, registravam os reconhecimentos faciais e realizavam novos empréstimos consignados em nome das vítimas.

 

O grupo solicitava alguns meses de carência para que os descontos fossem creditados nas respectivas folhas de pagamento. Alguns dias depois, a vítima recebia o crédito dos empréstimos indevidos e acreditava que a empresa havia conseguido o ressarcimento.

Contudo, passados alguns meses, a instituição financeira descontava, na folha, a parcelas do pagamento efetuado.

Assim, a vítima arcava com a dívida e os juros de um empréstimo que não não havia contratado e os autores recebiam comissões por cada negócio ilícito realizado.

Durante a ação, foram presos funcionários da empresa (estagiários, responsáveis por entrar em contato com as vítimas e convencê-las a irem até o estabelecimento, e consultores financeiros).

Os policiais apreenderam scripts do golpe, que descreviam o roteiro que os funcionários deviam seguir para enganar as vítimas.

As penas dos autuados, somadas, podem alcançar sete anos de prisão. Após as providências legais, os acusados, que tabém serão indiciados por estelionato, foram recolhidos ao cárcere da PCDF. Os menores foram encaminhados à DCA 2.

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