Polícia Federal combate tráfico de drogas no porto de Santana/AP

A Polícia Federal, com o apoio do GAECO/MP, Polícia Civil (DRACO) e 4º Batalhão da Polícia Militar, deflagrou na manhã desta quarta-feira (10/4) a Operação Blind Diving, com o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária.

O objetivo é desarticular grupo criminoso especializado em tráfico de drogas, que atua na colocação dos entorpecentes em cascos de navios. Mais de 50 policiais de todas as forças cumpriram os mandados nos municípios de Macapá/AP e Santana/AP, no porto e na residência utilizadas pelos investigados. A ação contou ainda com o trabalho especializado dos mergulhadores da Polícia Federal vindos dos Estados do Espírito Santo e Pernambuco.

A investigação se iniciou após denúncia de que indivíduos, oriundos do estado de São Paulo e do Rio Grande do Norte estariam em Macapá com o intuito de acoplar no casco de um navio substância entorpecente para ser retirada ao chegar no seu destino. A prática já foi observada em outros portos espalhados pelo país.

Após levantamentos verificou-se que os indivíduos têm antecedentes criminais por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro, estelionato e outros, em diversos estados brasileiros.

 

A investigação constatou ainda que os homens foram algumas vezes até o Porto de Santana/AP, bem como em lojas de Macapá comprar equipamentos, entre eles, compressor portátil, que é comumente utilizado para cilindros de ar comprimido.

A equipe de investigação realizou acompanhamento dos indivíduos em vários dias da semana durante a madrugada e constatou que eles foram até o igarapé da fortaleza em uma pequena embarcação e pararam em ponto próximo ao navio de grande porte que estava atracado no porto e realizaram mergulhos.

Também deram apoio à investigação a Marinha do Brasil, a Guarda Portuária e o Corpo de Bombeiros Militares. Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa, cujas penas somadas podem levar a 33 anos de reclusão, além do pagamento de multa

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