A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV I), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Arremate. A ação, que contou com o trabalho tático-operacional de cerca de 15 policiais civis, resultou na prisão de seis integrantes de uma associação criminosa especializada em roubos de caminhonetes de luxo em várias regiões do DF.
Segundo a PCDF, ao todo, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, expedidos pela Justiça. As investigações, que duraram cerca de dois anos, revelaram que a organização criminosa atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas entre os membros. Um grupo planejava e executava os roubos, outro era responsável por adulterar os veículos e um terceiro negociava a venda dos carros roubados.
As investigações apontaram que o esquema criminoso causou um prejuízo superior a R$ 4 milhões, considerando que cada veículo roubado está avaliado, em média, entre R$ 150 mil e R$ 250 mil. A DRFV I registrou cerca de
21 roubos de caminhonetes praticados pela organização criminosa, a maioria dos crimes ocorreu nas regiões administrativas de Águas Claras e Vicente Pires.
De acordo com o apurado pela PCDF, os bandidos agiam com uso de arma de fogo, grave ameaça e violência, além de ousadia para consumar os roubos dos bens.
O modus operandi do grupo consistia em subtrair veículos, adulterar seus sinais identificadores e transportá-los para outras unidades da federação. Lá, os veículos eram entregues a receptadores que os desmanchavam para a venda das peças em um mercado clandestino
“A operação de hoje encerra um ciclo investigativo e coloca um ponto final em uma série de investigações bem sucedidas desencadeadas pela DRFV nos últimos dois anos contra os membros desta agremiação criminosa”, afirmou o diretor da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV I), delegado Konrad Rocha.
As ações resultaram em buscas e cumprimento de mandados de prisão em unidades prisionais, onde parte dos integrantes já se encontrava detida por crimes anteriores. “Do total de 12 investigados e integrantes da organização criminosa, seis já estavam presos e recolhidos no sistema prisional do DF; três já faleceram e outros três criminosos ainda continuam foragidos. A PCDF prossegue em diligências para localizar os foragidos”, destacou o delegado.
Todos os envolvidos foram indiciados pelo crime de organização criminosa. As penas para este tipo de delito podem ultrapassar 12 anos de prisão