A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 6ª DP, apreendeu, na quarta-feira (23), cerca de 300 caixas de medicamentos controlados. A ação foi realizada no Paranoá. A delegacia recebeu denúncias sobre a venda ilegal de medicamentos em uma farmácia localizada na Quadra 18 da localidade. As informações apontavam que o proprietário da farmácia, de 49 anos, comercializava substâncias controladas – principalmente um medicamento utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) – sem exigir receita médica, com preços abusivos, e possuía vasta clientela de dependentes químicos. Durante a investigação dos antecedentes, os policiais identificaram uma ocorrência anterior envolvendo o mesmo proprietário da farmácia. No referido caso, ocorrido em 2020, o indivíduo foi preso em flagrante por comercializar diversas substâncias, incluindo vários comprimidos de um medicamento abortivo, além de estar envolvido na falsificação de atestados médicos. Após monitoramento, os policiais flagraram o autor retirando objetos do portamalas de seu veículo BMW e entregando para um cliente com quem havia negociado os medicamentos por meio do WhatsApp, sem apresentação de receita. Na abordagem, foram localizadas diversas unidades de remédios de uso restrito. Em busca posterior no veículo, encontraram diversos medicamentos controlados, anabolizantes, receituários já carimbados e um carimbo médico. E em busca no interior da farmácia foi encontrado um distintivo da Polícia Civil de Minas Gerais. Além disso, a responsável técnica da farmácia confirmou que o estabelecimento não tinha autorização da Vigilância Sanitária para vender tais produtos. Na ação policial foram apreendidas caixas de medicamentos, entre os quais havia diversas substâncias comumente utilizadas de forma recreativa e sem prescrição médica, valores em dinheiro, maquinas de cartão de crédito, atestados médicos já carimbados, carimbo médico e um carro de luxo. Todo o material foi apreendido
A substância lisdexanfetamina foi aprovada no Brasil principalmente para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e, em alguns casos, para transtornos alimentares como a compulsão alimentar. No entanto, ele tem sido usado de maneira crescente e indevida para outros fins, como: • Aumento de foco e produtividade, especialmente entre estudantes e concurseiros; • Perda de peso, devido ao seu efeito supressor de apetite; • Euforia e aumento de energia, o que leva ao uso recreativo em festas. Essa popularização nas redes sociais muitas vezes ignora os riscos significativos do uso não supervisionado, que podem incluir: • Dependência e abuso; • Problemas cardiovasculares (como aumento da pressão e da frequência cardíaca); • Insônia, ansiedade e paranoia; • Queda no desempenho cognitivo a longo prazo