Advogado que usava as redes sociais para vender drogas é preso no DF
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas (CORD), deflagrou nesta quarta-feira (2) uma operação para reprimir e prevenir o tráfico de drogas realizado por meios cibernéticos. A ação teve como alvo uma pessoa que produzia, processava e vendia mudas, sementes e derivados de cannabis (maconha) através de perfis em mídias sociais.
As investigações revelaram que o cultivo e a comercialização dos produtos eram amplamente divulgados em um perfil de mídia social de acesso público. As postagens mostravam grande quantidade de plantas e mudas de diversas espécies e teores de THC, além de oferecerem instruções sobre o cultivo.
A PCDF iniciou a investigação após receber informações sobre a utilização das redes sociais para a promoção e venda de produtos derivados da cannabis. Diligências confirmaram a identidade do responsável pelo perfil: um advogado. Ele foi vinculado diretamente ao conteúdo publicado.
O investigado já tinha um histórico criminal, tendo sido preso anteriormente em 2024 em uma operação relacionada à venda de anabolizantes, ocasião em que também foram apreendidas plantas de maconha. Segundo a PCDF, isso demonstra uma atuação reiterada e organizada, com indícios de tráfico interestadual de entorpecentes e até parcerias comerciais, como com bancos de sementes.
Com base nos elementos coletados, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão para o endereço do investigado, em Vicente Pires. Na manhã de hoje, o mandado foi cumprido, e o alvo da investigação foi preso em flagrante delito. No local, foram apreendidas plantas em diferentes estágios de crescimento, diversos derivados de maconha, incluindo bebida alcoólica.
As drogas eram oferecidas nas redes sociais de diversas formas, podendo atingir indiscriminadamente crianças, adolescentes e outros vulneráveis, sob a alegação de efeitos medicinais.
Em decorrência dos fatos, o advogado foi autuado na Coordenação de Repressão às Drogas da PCDF. Ele responderá por:
Tráfico de drogas interestadual e com o objetivo de atingir crianças e adolescentes; Disseminar espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas; e Oferecer a adolescentes produto que possa causar dependência.
Considerando as penas previstas em lei para os crimes cometidos, o investigado pode ser condenado a até 33 anos de reclusão. Após a formalização de sua prisão, ele foi recolhido à carceragem da DCCP, onde permanecerá à disposição da Justiça