Operação da PCDF mira grupos que aplicavam golpes por telefone em moradores do DF

Operação da PCDF mira grupos que aplicavam golpes por telefone em moradores do DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, ao longo desta semana, 17 mandados de busca e apreensão como parte da Operação Voz de Loki, conduzida pela 14ª Delegacia de Polícia. As ações foram realizadas em Cubatão (SP), Guarujá (SP) e na capital paulista, com o objetivo de desarticular três organizações criminosas envolvidas em golpes contra moradores do Gama (DF).

 

A investigação reúne três inquéritos que apuram crimes de estelionato cometidos nas modalidades conhecidas como “falso advogado” e “falsa central bancária”. Nessas fraudes, os golpistas ligam para as vítimas fingindo ser gerentes de banco ou atendentes do setor de segurança e as induzem a realizar operações no próprio aplicativo bancário. Assim, conseguem acessar as contas e desviar dinheiro.

 

As apurações duraram cerca de seis meses e envolveram análise de relatórios do Coaf, identificação de empresas de fachada usadas para lavagem de dinheiro e o rastreamento de mais de 500 linhas VOIP utilizadas para dificultar a identificação das chamadas. A operação teve foco no núcleo operacional dos grupos — responsáveis pelas ligações e pela enganação das vítimas.

 

Os prejuízos apurados são altos:

 

uma vítima perdeu R$ 29,8 mil;

outra, R$ 59,4 mil;

a terceira, R$ 69,7 mil.

Durante o cumprimento dos mandados, policiais apreenderam computadores, celulares, dólares, artigos de luxo e outros equipamentos usados nos golpes. Um dos investigados já havia sido preso anteriormente pelo mesmo tipo de crime e atualmente respondia em liberdade.

 

A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PCSP), reforçando a integração entre forças de segurança no combate a crimes que atuam em vários estados.

 

O nome “Voz de Loki” faz referência ao deus da mitologia nórdica conhecido pela astúcia e pela habilidade de enganar — uma alusão às longas ligações feitas pelos golpistas, que chegaram a manter uma das vítimas por três horas ao telefone

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