Ao menos seis pessoas morreram e 56 mil estão desabrigadas ou desalojadas por conta das fortes chuvas registradas em Alagoas nos últimos dias. O balanço é da Defesa Civil estadual nesta segunda-feira, 4. De acordo com o órgão, 56 dos 102 municípios alagoanos estão em situação de emergência. Este é o maior volume de chuvas registrado no Estado nordestino desde 2010.
A quantidade intensa de precipitações atinge o território desde maio, o que tem resultado na cheia de vários rios. O governo federal já tinha reconhecido a situação de emergência para 23 localidades, mas ontem adicionou mais 15 na condição. Estas cidades podem solicitar recursos à União para ações de socorro e assistência humanitária.
Em junho, os óbitos foram registrados em Coruripe, Palmeira dos Índios, Campo Alegre e São Miguel dos Campos. Já neste mês foram contabilizadas mortes em União dos Palmares e Matriz de Camaragibe. Um em cada município.
No Twitter, o governador Paulo Dantas (MDB) atualiza as ações conjuntas tomadas com o comitê instalado para enfrentar a crise. Na manhã desta segunda, o chefe do executivo alagoano anunciou a ampliação do auxílio-chuva para R$ 2 mil reais. Além de cestas básicas, kits de higiene pessoal, água potável e colchões.
Na cidade de União dos Palmares, uma das principais de Alagoas, o fornecimento de água e de energia elétrica foram interrompidos desde sábado. O prefeito Kil suspendeu a 32.ª edição da festa do milho prevista para o fim de semana.
Nesta segunda, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu aviso de alerta para 51 cidades alagoanas. Conforme o órgão federal, o estado pode registrar precipitações entre 30 a 60 mm/h ou 50 a 100 mm nesta terça-feira. A quantidade traz risco de alagamentos, deslizamentos de encostas, transbordamentos de rios, em cidades com tais áreas de risco. A orientação vale para a o leste e agreste Alagoano.