Aumento de oferta de hemodiálise vai liberar leitos na rede pública

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal vai ampliar a oferta de vagas para sessões de hemodiálise em clínicas da rede privada, por meio de contratos de prestação de serviço. A expectativa é zerar a lista de espera entre os pacientes em tratamento contínuo, neste momento com aproximadamente 130 nomes, e liberar leitos de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) ocupados unicamente para a realização do procedimento. A ampliação dos atendimentos deve ocorrer a partir de abril.

Antes de elaborar a proposta, a Secretaria de Saúde realizou uma pesquisa de mercado para conhecer os valores atualmente praticados na rede privada e constatou que o Distrito Federal era uma das únicas unidades federativas que ainda trabalhava exclusivamente com os valores previstos na tabela do SUS. Isso fez com que houvesse, inclusive, uma redução do número de hemodiálises: foram 186.399 procedimentos em 2020, 183.378 em 2021 e 173.075 em 2022. “A atualização do valor era um pedido das empresas porque a tabela do SUS para realização de uma sessão de hemodiálise não atende nem aos custos”, complementa a subsecretária.

A Tabela Regionalizada para Complementariedade de Financiamento do SUS foi aprovada no Colegiado de Gestão da Secretaria de Saúde e, posteriormente, pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal. “Nós fizemos uma audiência pública, tratamos com o Ministério Público, tratamos com o Controle Social, que é o balizador das políticas públicas, e propusemos a construção de uma tabela regionalizada, uma tabela em que os preços estivessem entre os valores da tabela do SUS e que fossem minimamente compatíveis com o restante do país”, detalha a secretária Lucilene Florêncio.

Incidência

O Distrito Federal registra anualmente cerca de 2.280 pessoas que se submetem a diálise, seja hemodiálise ou pelo método peritoneal. De acordo com o censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia, por aqui são 737 pacientes por milhão de habitantes com necessidade do procedimento, a quinta maior incidência no Brasil. As principais causas são doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que impactam no funcionamento dos rins

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

error: Content is protected !!
Open chat