Após 32 bancas serem parcial ou totalmente destruídas por um incêndio na Feira dos Importados, em 29 de maio, feirantes que tiveram lojas afetadas podem ter de arcar com o montante pago para a restauração dos cubículos, orçado em mais de R$ 442 mil. Uma assembleia para votar se a quantia será repassada aos comerciantes foi convocada.
A data prevista para a reunião é junho do próximo ano, mas só a possibilidade de ficar no prejuízo é motivo de preocupação para os feirantes, que alegam não ter condições de financiar a reforma das bancas, entregues pela Cooperfim há duas semanas.
“O valor é exorbitante para microempresários como nós. É impossível pagar, no cenário em que nos encontramos, sem contar que já estávamos sofrendo com os efeitos da crise econômica e da pandemia antes do incêndio”, lamenta Samuel Fernandes, 23 anos.
No total, o fogo atingiu 44 lojas. Dessas, 32 ficaram totalmente destruídas e sofreram perdas de mercadorias. Segundo Samuel, cada uma delas ficaria com o custo de quase R$ 14 mil. O problema disso é que alguns feirantes alugam mais de uma banca, logo, ficariam sobrecarregados.O termo de acordo da Cooperativa de Produção e Compra em Comum dos Empreendedores da Feira dos Importados do Distrito Federal (Cooperfim) determina que, se aprovado na assembleia, o valor total pode ser dividido em 24 parcelas fixas e mensais entre os 12 comerciantes afetados. A cooperativa informa que reconstruiu e entregou, na primeira semana de julho, todas as lojas destruídas durante o incêndio no Bloco B.