É falsa a informação que circula no WhatsApp de que o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) não realizará mais o atendimento a vítimas de animais peçonhentos. A fake news surgiu em 2020 e, ocasionalmente, volta a ser compartilhada. Além da notícia falsa, o texto lista unidades de saúde que supostamente passarão a realizar o atendimento.
O Hran dispõe de sete variedades de soros para acidentes desse tipo e segue com os acolhimentos. Além disso, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) possui outros 10 locais aptos a receber qualquer paciente nessas condições.
De acordo com a gerente da Rede de Frio, Tereza Pereira, a imagem com o dado equivocado circulou ainda na pandemia quando o Hran passou a atender apenas pacientes vítimas da covid-19. Na época, alguns serviços do hospital foram remanejados para outras unidades da rede. “Essa é uma mensagem antiga e que não é válida há um tempo. A unidade já está com o serviço normalizado, mas a mensagem volta a circular, principalmente, quando temos casos divulgados pela imprensa”, ressalta.
O Hran é referência técnica e o único que dispõe de todos os tipos de soros, distribuindo, inclusive, para a rede privada, e às outras unidades da rede pública. São elas: Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospitais Regionais de Brazlândia (HRBz), Ceilândia (HRC), Guará (HRGu), Gama (HRG), Planaltina (HRPl), Santa Maria (HRSM), Sobradinho (HRS) e Taguatinga (HRT) e Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá. Todas apresentam condições de atender com o soro antiveneno, não sendo necessário buscar as unidades de emergência por tipo de picada.
Apenas o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe desses materiais, produzidos pelo Instituto Butantan, o maior em desenvolvimento de vacinas e soros da América Latina. Conhecidos como soros antipeçonhentos, eles são utilizados em casos de picada de cobra, escorpião e aranhas. Tereza destaca que não há necessidade de associar um hospital a um tipo de soro ou bicho. Em caso de acidente, a pessoa deve procurar as emergências de qualquer unidade elencada acima.
“É fundamental que a vítima procure um médico imediatamente e, caso consiga pegar, tente levar o animal junto. Ou até mesmo fazer uma foto. Isso facilita na escolha de qual soro indicar. Qualquer minuto pode fazer toda a diferença”, explica a gerente. A área técnica lembra que não é adequado fazer torniquetes ou garrotes ou colocar substância no local da picada.
*Com informações da Secretaria de Saúde