O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) se reúne, na manhã desta quarta-feira (10/5), com o Governo do Distrito Federal (GDF) para tratar sobre os temas relacionados à paralisação dos magistério. O encontro ocorre no Palácio do Buriti. De greve há uma semana, os professores e orientadores das escolas públicas argumentam que os salários e a reestruturação da carreira da categoria estão defasados.
Segundo o Sinpro-DF, os professores e orientadores educacionais estão há oito anos sem reajuste salarial e, por isso, acumulam mais de 30% de perda inflacionária. O reajuste concedido de 18% pelo governador — de 6% em 6% em cada ano, até 2025 — é considerado insuficiente. Além disso, a categoria expõe a degradação das condições de trabalho.
A diretora do Sinpro-DF, Luciana Custódio, espera que o governo apresente um exercício de proposta para a situação dos magistrados nas escolas públicas da capital. A reunião contará com a presença do secretário de Planejamento, Orçamento e Administração do DF, Ney Ferraz, do secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha e a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, além da comissão de negociação do Sinpro-DF.
Ação contrária
Na última quinta-feira (4/5), quando foi iniciada a paralisação, a Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF) ingressou com uma ação contra a greve dos professores da rede pública do DF por determinação feita pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
A PGDF pediu que fosse deferida uma liminar para interromper imediatamente a greve. Caso não fosse cumprido, o governo pedia que fosse estipulada multa diária de R$ 300 mil ao Sinpro-DF, além de servidores que descumpram a medida.
Em nota do comando de greve do Sinpro-DF, publicada no domingo (7/5), decidiu manter a paralisação. Ainda sem local determinado, a assembleia geral da categoria será na quinta (11/5), às 9h30.