O trabalho de retirada de 1.628 pinheiros dos estacionamentos 4 e 5 do Parque da Cidade foi iniciado na manhã desta quinta-feira (3/8). As equipes do Departamento de Parques e Jardins da Novacap trabalham nas áreas próximas ao restaurante Gibão e na lateral da Hípica. A ação é o começo da retomada do projeto original do Parque da Cidade, elaborado pelo paisagista Roberto Burle Marx.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), as árvores têm mais de 40 anos. Por não serem nativas do cerrado, têm vida útil menor e são uma presença prejudicial ao ecossistema. Após a retirada, os pinheiros serão substituídos por espécies típicas e outras adaptadas ao bioma do Distrito Federal.
A decisão foi tomada em conjunto, pelo grupo de trabalho composto pelas secretarias de Esporte e Lazer do DF (SEL) — que administra o Parque da Cidade — e de Cultura e Economia Criativa (Secec), além da Novacap, responsável pela supressão das árvores e futuro plantio, e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que elaborou o plano de manejo.
Entre as espécies que serão plantadas no lugar dos pinheiros, estão árvores nativas e não nativas do cerrado, como sibipiruna, apuí, abricó-de-macaco, unha-de-vaca e juá, conforme o projeto original de Burle Marx. Essas árvores costumam atingir cerca de 20 metros. De acordo com o GDF, o sombreamento deve começar a partir do quarto ano do plantio e atingir o ápice a partir dos dez anos após a implantação.
Tragédia
No Dia das Mães de 2022, o adolescente Pedro Miguel Rodrigues Cardoso, à época com 15 anos, foi atingido na cabeça por um pinheiro de 20 metros no Parque da Cidade. Com o impacto, o menino sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi internado. Outra vítima teve a perna fraturada. Atualmente, Pedro Cardoso é tetraplégico e respira com a ajuda de aparelhos, devido ao impacto do acidente