Goiás registrou 39 casos confirmados de malária e uma morte em 2023, segundo dados informados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) neste domingo (7). A morte pela doença foi de uma mulher de 41 anos que morreu em Anápolis, a 55 km de Goiânia, depois de ficar 18 dias internada, no final do mês de abril.
De acordo com a secretaria, os dados se referem aos casos confirmados até a última terça-feira (2). Ao todo, 81 casos suspeitos foram notificados em Goiás. No entanto, 42 deles foram descartados. Ainda segundo a secretaria, apenas dois dos 39 casos confirmados em 2023 se tratam de uma transmissão local em Goiás.
Essa grande quantidade de casos tem preocupado a pasta, que tem feito o monitoramento da doença para que o número de confirmações não aumente ainda mais. Por isso, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, explicou as ações que têm sido realizadas pela secretaria para o controle da malária.
“Fizemos captura de insetos, vamos fazer avaliação e análise desses insetos, foi feito um combate com inseticida na região onde os dois casos [de contaminação em Goiás] provavelmente se infectaram e esse monitoramento vai permanecer”, detalhou Flúvia.
Segundo a secretaria, como não existe vacina contra a malária, a recomendação é que as pessoas usem repelentes e protejam as áreas do corpo que os mosquitos transmissores da doença possam picar.
Em 2023, uma mulher de 41 anos morreu após ficar 18 dias internada na Santa Casa de Anápolis, devido a complicações da malária. A morte pela doença foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no último dia 24 de abril.
Kerna Alves dos Santos deu entrada na unidade de saúde no dia 6 de abril, após começar a sentir os sintomas da malária no dia 27 de março, conforme a pasta municipal. Durante o período em que ficou internada, a vítima precisou de doações de sangue, além de ter passado por sessões de hemodiálise.
A SES afirmou que a mulher não chegou a viajar para fora do estado. A única viagem que Kerna realizou, de acordo com a pasta estadual, foi para uma chácara em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da Capital. A cidade, inclusive, havia registrado um caso confirmado do vírus no mês de fevereiro perto da chácara onde a vítima estava.