Victor Lima conta que viu uma mulher sendo espancada por um homem e tentou parar a agressão. Durante a briga, ele foi atingido por um carro
ATUALIZADO 11/08/2020 16:37
“A gente viu que o cara estava espancando a moça. Depois disso, não lembro mais de nada. O meu amigo que me contou que fomos intervir, mas que o cara estava muito alterado. Nisso, veio um carro muito rápido e me atropelou”, resumiu.
“Ele foi em direção ao carro dele e achei que iria pegar alguma arma. Depois disso, veio um carro muito rápido, que nem freou no quebra-molas. Quando eu vi, pulei e desviei. Como meu amigo estava de costas, ele não teve tempo de ter reação”, narrou o rapaz, que pediu para não ser identificado.
Arrastou e fugiu
Segundo o rapaz, o suposto marido que agredia a mulher estava em um i30 preto. O amigo de Victor, porém, não soube identificar o carro do autor do atropelamento nem as placas dos dois veículos. “O motorista veio com intenção de matar mesmo o meu amigo. Arrastou ele pela pista e fugiu”, enfatizou.
Após ser atingido pelo veículo, o comerciante ainda teria levado chutes na cabeça do homem que espancava a mulher. “Acho que os dois [suposto agressor e motorista] estavam juntos. Depois que esse cara chutou meu amigo, ele falou: ‘Eu não tenho medo de polícia’, e foi embora também”, revelou.
Para o pai do comerciante, as ações do motorista e do suposto agressor foram “uma covardia”. “Além do cara atropelar, ele ainda foi embora sem prestar nenhuma ajuda”, afirmou Francisco Alberto Lima, 59 anos.
Após ser atingido pelo veículo, Victor foi encaminhado ao Hospital de Base pelo Corpo de Bombeiros. “Meu menino passou o dia no hospital, levou 12 pontos na cabeça e está com o corpo todo inchado”, desabafou o pai.
“Queremos descobrir quem são essas pessoas. Estou de cama, não consigo nem me mexer direito”, acrescentou a vítima.
Uma testemunha que presenciou o fato confirmou ao Metrópoles que no local da discussão havia um casal e os dois amigos. “O homem gritava e dizia que era casado com a mulher há 16 anos e que tinham oito filhos. Pelo visto, ele estava batendo nela e os rapazes tentaram ajudá-la”, disse uma moradora de um prédio ao lado do local da briga.
“O carro veio muito rápido, não sei como não virou no quebra-molas. Foi muito feia a pancada, não sei como o outro [rapaz] não foi atingido”, completou a mulher.
Um boletim de ocorrência foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). A Polícia Civil do DF (PCDF) apura o caso como “atropelamento de pedestre