Mesmo com a chegada do 5G, Brasília tem mais de mil orelhões ativos

Na contramão do lançamento da quinta geração da internet móvel no Distrito Federal, na quarta-feira (6/7), ainda há brasilienses que fazem ligações à moda antiga. Embora os telefones públicos estejam sendo desativados por falta de uso, ainda restam 1.098 orelhões na capital federal.

É o caso do comerciante Mario Antônio Rodrigues, 53 anos. O homem admite que passou a usar o serviço com menos frequência desde que comprou um aparelho celular, em 2008. Ainda assim, ele garante que ainda prefere recorrer ao bom e velho orelhão na hora de fazer ligações interurbanas e para números fixos.

“O problema é que, agora, é mais difícil de encontrar um orelhão, mas tem. Eu uso o que tem no comércio perto da minha casa, e sei que tem mais gente que usa lá também. Acho que não é tão anormal assim, como algumas pessoas pensam”, comentou o morador da Asa Norte.

Mario revela que, além da dificuldade de encontrar o telefone público, luta para comprar o cartão telefônico. Ele conta que não acha mais o objeto em qualquer banca de esquina, como antigamente. “Eu sou da época da ficha. Depois, passou para o cartão – que, agora, está mais difícil de encontrar, mas ainda existe. A verdade é que até as bancas de jornais – que geralmente vendiam esses cartões – também sumiram”, lamentou.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no total, há 1.157 orelhões na capital federal. Desses, 59 estão em manutenção. Dos ativos, 635 funcionam 24 horas, 203 são adaptados para cadeirantes e 38 para deficientes auditivos. Além disso, em média, metade dos equipamentos realiza apenas duas chamadas por dia.

 

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