Relatório produzido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) mostra que mais armas estão circulando pelo território brasiliense. A constatação pode ser observada pela quantidade de revólveres, pistolas, espingardas e até fuzis apreendidos pelas forças de segurança da capital do país nos últimos anos. Somente entre 2019 e 2021, o salto foi de 21% nas ocorrências dessa natureza.
Quando a análise é ampliada para um período de quatro anos, são 8.377 equipamentos bélicos retirados das ruas, média de 4 a cada 24 horas. O poder de fogo também aumentou, segundo relatório produzido pela Divisão de Análise Técnica e Estatística (DATE) da corporação.
Em 2019, por exemplo, para cada pistola apreendida pela PCDF e pela Polícia Militar do DF (PMDF), eram recuperados dois revólveres. Já em 2021, a relação é praticamente de uma pistola para cada revólver. A apreensão de armas com calibre nove milímetros, entre 2019 e o ano passado, teve alta de 488%.
Armas mais ágeis
Conforme análise da Divisão de Controle de Armas, Munições e Explosivos (Dame) da PCDF, houve a migração do uso de revólveres para pistolas, sobretudo para pistolas de calibre nove milímetros. Ou seja, um campo com armas mais ágeis e com alto poder de fogo.
Entre as armas apreendidas, destacam-se os revólveres (52,5%) e pistolas (32,6%). A maioria é de origem nacional (68,5%) e de calibre permitido (82,7%). A natureza mais frequente nas apreensões é porte ilegal de arma de uso permitido (14,6%).
Em 2018, foram apreendidas 71 pistolas nove milímetros. Já em 2021, a quantidade passou para 247 (alta de 248%). De 2017 até as mudanças da Portaria Nº 1.222 de 12 de agosto de 2019, tinham sido apreendidas 155 pistolas. Posteriormente, subiu para 369 (138%).