Lideranças de motoboys do Distrito Federal marcaram, para terça-feira (28/2), reunião para discutir uma possível paralisação nas entregas. Os trabalhadores cobram das empresas Ifood e Rappi o fim da entrega múltipla, reajuste da taxa mínima e regulamentação dos aplicativos.
A reunião busca alinhar qual a melhor data para iniciar a mobilização e quantos dias vai durar. De acordo com Sorriso, presidente da Amae-DF (Associação dos Motofretistas Autônomos), a expectativa é que as entregas sejam suspensas por dois a três dias em abril.
A principal exigência dos motoboys é um aumento da taxa mínima de entrega, que hoje é de R$ 6,00 no Ifood. “Há anos não tem reajuste dessa taxa”, revela o líder.
O fim das entregas múltiplas é outro pedido da classe. Nessa modalidade, outras duas ou três entregas são adicionadas no trajeto do motoboy, mas com o valor de apenas uma. “Se a entrega é R$ 6,00, a entrega dupla no mínimo deveria ser R$ 12,00, mas o motoboy faz com R$ 7,00 ou 8,00. Não bate essa conta. Estamos reivindicando o fim das entregas duplas ou pagamento justo por elas”, indica.
Outra questão relatada são os problemas técnicos dos aplicativos que provocam o banimento do trabalhador. Para ser acessado, o App pede o rosto do entregador para reconhecimento facial, mas um erro do sistema cancela o registro do motoboy.
“A gente pede que sejam criadas regras para essas empresas (Ifood e Rappi). Só tem regras para os motoboys, mas não para as empresas. Nós estamos cansados disso”, protesta.