Nesta quarta-feira (31/5) é o Dia Mundial sem Tabaco. Das 5 mil que tentaram parar de fumar nos últimos anos, 1,7 mil conseguiram.
Das mais de 5 mil pessoas que buscaram, nos últimos quatro anos, o programa para parar de fumar da rede pública de saúde do Distrito Federal, cerca de 1,7 mil conseguiram deixar o vício. Segundo dados da Secretaria de Saúde (SES-DF), apenas este ano, 539 pessoas procuraram apoio nas unidades de saúde.
Nesta quarta-feira (31/5) é o Dia Mundial sem Tabaco, data criada para alertar sobre os perigos do tabagismo. Segundo os dados da pasta, o ano em que o programa de suporte teve mais procura foi em 2019, quando 2.598 pessoas foram atendidas.
Em 2020, em plena pandemia de Covid-19, 746 pessoas entraram no programa. Em 2021 e em 2022, foram 245 e 1.650 atendimentos, respectivamente.
Apesar da procura relativamente alta, o número de pacientes que realmente conseguem deixar o vício é considerado baixo.
Dificuldades
Segundo o pneumologista Sérgio Santos, as pessoas têm dificuldade em largar o cigarro devido às substâncias responsáveis por induzir dependência química. Apesar disso, o especialista ressalta que é preciso insistir no tratamento.
“Sei que deixar de fumar é um desafio, mas os benefícios de largar o cigarro ajudam a melhorar e muito a qualidade de vida. Estudos clínicos revelam que, após 20 minutos sem cigarro, a pressão sanguínea começa a normalizar, e cinco anos depois os riscos de infarto, por exemplo, se igualam ao de pessoas que nunca fumaram”, diz.
Sérgio explica que o tabagismo está associado a vários tipos de câncer, além do de pulmão, como: cavidade oral, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo do útero e leucemias. “[O cigarro] é responsável por cerca de 30% dos casos da doença. A relação do cigarro com o câncer de pulmão é ainda mais próxima: 90% dos casos da doença ocorrem entre fumantes”.