Na manhã desta quinta-feira (17), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) iniciou a 3ª fase da Operação Looping, que por intermédio da Corf e apoio da Polícia Civil do Paraná (PCPR) visa desarticular um grupo criminoso que falsificou e usou documentos falsos junto a cartórios do DF entre 2014 e 2020, com a finalidade de transmitir a propriedade de fazendas no DF e em Goiás.
A investigação começou ainda em 2021, quando foi descoberto que um grupo criminoso composto por empresários, um advogado e um antigo tabelião do cartório de notas e registro civil da cidade de Limeira-MG, falsificava documentos, dentre eles uma certidão da Terracap, e invadido uma área na região do Gama que foi avaliada em cerca de R$ 15 milhões, a qual foi dada como garantia de um empréstimo.
Durante a ação desta quinta-feira foram cumpridos dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão em Londrina-PR e em Águas Lindas de Goiás-GO, contra alvos que produziram os documentos falsos, os quais foram assinados pelo tabelião – já destituído – e utilizados pelos favorecidos para a prática dos crimes.
Operação Looping
A primeira fase da operação foi realizada no dia 25 de janeiro, quando foram cumpridos oito mandados de busca e apreesnão em empresas e residências localizadas no Gama-DF, em Águas Lindas-GO, em Goiânia-GO, em Salvador-BA e em Lauro de Freitas-BA. As investigações apontaram que esse mesmo tabelião havia participado da produção de outra documentação falsa, que foi usada para transferir uma fazenda localizada em Mimosa-GO, avaliada em R$ 10 milhões.
Já a segunda fase aconteceu em junho. Os policiais cumpriram sete mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão em diversas regiões do DF, como no Lago Sul, Vicente Pires, Águas Claras, Setor de Indústrias Gráficas, Guará e Gama, e também em cidades vizinhas como Padre Bernardo, Mimoso e Águas Lindas, no Goiás.