Operação Quimera: PCDF desarticula grupo criminoso que atuava no golpe do falso advogado em São Paulo 

Operação Quimera: PCDF desarticula grupo criminoso que atuava no golpe do falso advogado em São Paulo

 

Nesta sexta-feira, 15/8, a Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), ligado ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR), deflagrou a Operação QUIMERA, para o cumprimento de oito mandados de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão (MBAs) nas cidades de São Paulo, São Sebastião e Mongaguá, no estado de São Paulo.

 

A operação contou com apoio operacional da Polícia Civil de São Paulo (PCSP) e da Divisão de Operações Especiais (DOE) da PCDF. Para asfixiar economicamente o grupo criminoso, foram autorizados bloqueios judiciais de contas, ativos financeiros e de criptomoedas no valor de R$ 507.684,36 (quinhentos e sete mil reais seiscentos e oitenta e quatro reais e trinta e seis centavos).

 

O golpe, conhecido como “falso advogado”, era aplicado da seguinte forma: mediante a utilização indevida de credenciais “vazadas” de advogados, obtinham acesso a processos judiciais em andamento, colhendo informações como a numeração dos autos, a natureza das ações e dados específicos das partes envolvidas.

De posse dessas informações, o grupo entrava em contato com as vítimas, passando-se pelo advogado real ou pelo respectivo escritório, chegando a utilizar imagens e logotipos reais para conferir credibilidade à fraude.

 

Durante o contato, os criminosos solicitavam o pagamento de supostos impostos ou taxas, alegando serem indispensáveis para a conclusão de processos ou para o levantamento de valores judiciais, como no caso de precatórios. As vítimas, induzidas em erro pela riqueza de detalhes e pela utilização dos nomes e perfis reais de seus advogados, acabavam realizando as transferências solicitadas.

 

A investigações evoluíram através de análise dos vestígios financeiros e cibernéticos dos crimes praticados e de recursos tecnológicos avançados utilizados pela DRCC, especialmente em um caso de uma vítima residente do Distrito Federal, de 65 anos de idade, que teve o prejuízo de mais de R$ 500 mil.

 

Os investigados responderão pelos crimes de Estelionato qualificado pelo meio eletrônico, Associação Criminosa e Lavagem de Dinheiro, cujas penas máximas, se somadas, podem chegar até 23 anos de reclusão. Equipes da PCDF se deslocaram para São Paulo onde em conjunto com policiais civis daquele estado, totalizando 50 policiais, deram cumprimento às ordens judicias.

 

Ressalte-se este tipo de golpe, que vem sendo intensamente aplicado por todo o território nacional, gera não apenas prejuízos financeiros às vítimas, mas também erosão da credibilidade do sistema de justiça e da advocacia. As investigações prosseguem para identificar outras vítimas e verificar se há ainda outros envolvidos no grupo criminoso

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