Nesta quinta-feira (7), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 17ª DP, com o apoio operacional das Polícias Civis de Minas Gerais (PCMG), São Paulo (PCSP) e do Rio de Janeiro (PCERJ), deflagrou a segunda fase da Operação Hard Times.
O objetivo é desarticular o núcleo de correspondentes bancários de uma organização criminosa dedicada à prática de estelionatos na modalidade da falsa portabilidade. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Viçosa/MG.
A investigação teve início no ano de 2023 quando um servidor público, morador de Taguatinga/DF, recebeu uma proposta vantajosa de portabilidade de seu empréstimo consignado. Contudo, após receber o dinheiro do novo empréstimo, ele foi convencido a transferir o dinheiro para uma falsa financeira, acreditando que estaria quitando sua dívida. No entanto, a vítima ficou com um prejuízo aproximado de R$ 200 mil.
Na primeira fase da operação, deflagrada no mês de março deste ano, foram presas 11 pessoas em três estados da federação, sendo desarticulada uma central telefônica com estrutura empresarial na cidade de São Paulo/SP de onde os golpistas enganavam vítimas de todos o país, além de ter sido implementado o sequestro de R$ 2 milhões em contas bancárias dos autores.
Após a primeira fase da operação novas diligências levaram à identificação da estrutura de atuação do grupo que contava com três núcleos interligados.
O primeiro grupo era responsável por entrar em contato com as vítimas e oferecer a falsa portabilidade sob condições atrativas. Após o convencimento da vítima, seus dados eram passados para o grupo de correspondentes bancários que faziam o lançamento da proposta junto às instituições financeiras, que liberavam o empréstimo na conta das vítimas. Nesse momento, o primeiro grupo entrava em contato com a vítima e lhe convencia a repassar os valores para falsas financeiras que, supostamente, deveriam quitar o empréstimo.
Por fim, o terceiro núcleo ficava responsável pela diluição dos valores dos empréstimos depositados nas contas das falsas financeiras e posterior retorno aos demais participantes no esquema. Os autores irão responder pelos crimes de estelionato (fraude eletrônica), organização criminosa e lavagem de capitais, podendo ser condenados a até 26 anos de prisão