A Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, por intermédio da 17ª DP, em ação conjunta com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro – PCERJ, deflagrou a Operação Roubo Remoto com objetivo de desarticular uma associação criminosa dedicada à prática de extorsões contra comerciantes de todo o País. A operação aconteceu nesta quarta-feira (31).
Foram identificados três integrantes da associação criminosa, que tiveram suas prisões preventivas decretadas pela 3ª Vara Criminal de Taguatinga/DF. As prisões preventivas estão sendo cumpridas em conjunto com sequestros de valores e quatro mandados de busca e apreensão na região de Cabo Frio/RJ e na cidade do Rio de Janeiro. Eles responderão pelos crimes de extorsão, lavagem de capitais e associação criminosa, com penas que podem chegar a 28 anos de prisão.
As investigações tiveram início no dia 23 de abril de 2024 após a 17ª DP ser acionada sobre um roubo em andamento em uma agência dos Correios em Taguatinga/DF. Ao chegar ao local os policiais constataram que, na verdade, estava ocorrendo um golpe, onde os autores simulavam um roubo ao telefone para exigir transferências bancárias.
Os autores fizeram uma ligação para o comércio e simularam estarem armados do lado de fora e exigiram a realização de transferências bancárias para não entrarem no comércio atirando. A funcionária se assustou com as ameaças e acabou ligando para seu superior, que, sem entender ao certo o que estava acontecendo, acabou transferindo dinheiro para a conta dos criminosos. Essa ligação foi gravada pela operadora de telefonia da vítima e será parcialmente divulgada para alertar outras potenciais vítimas de investidas semelhantes.
No decorrer das investigações foi constatado que os integrantes do grupo passavam o dia todo ligando para comércios de todo o país, simulando estarem armados em frente ao local e exigindo transferências bancárias, utilizando nome de facções criminosas e pesquisando as fachadas dos comércios na internet para darem veracidade ao golpe.
Também foram identificadas as pessoas responsáveis pelas contas bancárias utilizadas nos depósitos, as quais eram abertas em nome de laranjas para depois serem direcionadas aos golpistas.