A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na última sexta-feira (11/11), a Operação Falso Nude para combater grupo especializado em extorsões, por meio do golpe do nude, que já movimentou mais de R$ 5 milhões em apenas três meses, fazendo vítimas em todo país.
Durante a ação conjunta com as Polícias Civis dos Estados de Goiás (PCGO) e do Rio Grande do Sul (PCRS), quatro integrantes do grupo foram presos e três veículos apreendidos (GM Camaro, Ford Ranger e um VW Saveiro), vinculados aos investigados, além do bloqueio de ativos financeiros no valor de mais de um R$ 1 milhão.
As investigações apontaram, ainda, que sempre que a vítima pagava o valor exigido pelo grupo criminoso, aparecia um suposto chefe, de um dos policiais, que exigia mais pagamentos, desse modo, apenas de uma vítima, os criminosos obtiveram mais de um R$ 1 milhão.
“Esse grupo tinha base no Rio Grande do Sul, mas atuava fazendo vítimas por todo País. As provas serão compartilhadas com outras polícias judiciárias para que os criminosos possam responder por todos os crimes cometidos”, destaca o delegado-chefe da 16ª DP, Diego Cavalcante.
Ainda de acordo com a autoridade policial, os investigados foram indiciados por 19 delitos de extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro. “O grupo, que envolve outras três pessoas laranjas, que ainda não foram detidas, mas já denunciadas pelo MPDFT e configuram como réu no processo”, finaliza o delegado.
A investigação começou há cerca de um ano, quando uma vítima procurou a 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), alegando que não possuía mais dinheiro e que não queria ser presa, injustamente, por policiais de outro Estado, os quais já haviam recebido mais de um R$ 1 milhão, valor esse que juntou ao longo de sua vida.
Segundo as apurações, uma mulher procurou a vítima para trocar mensagens. Durante a conversa, a criminosa envia um nude e, posteriormente, um falso pai entra em contato com a vítima dizendo que a filha dele possui apenas 13 anos, exigindo, assim, valores altos para não denunciar o caso.
Na sequência o pai passa a extorquir a vítima para pagar um falso tratamento psiquiátrico para a filha e depois para o sepultamento, já que alegaram que a filha havia cometido suicídio, inclusive com a apresentação de uma certidão de óbito falsa.
Na sequência, o falso pai exige grande quantia para fazer um acordo com a vítima pelos danos morais e materiais, contudo, após o pagamento desse valor, entra em cena os falsos policiais, os quais simulam estar em uma unidade policial para persuadir e extorquir a vítima, mais uma vez, agora sob a alegação de que iriam forjar provas e prender a envolvida por pedofilia.