A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em conjunto com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), deflagrou, na manhã desta quinta-feira (19/5), a Operação Payback contra suspeitos que faziam transações bancárias fraudulentas.
Policiais cumprem 50 mandados judiciais, sendo 29 de busca e apreensão e 21 de prisão temporária. Os endereços estão localizados em várias regiões administrativas do DF. O valor total da fraude é de aproximadamente R$ 2,6 milhões, apenas na capital da República.
De acordo com as investigações, os fatos ocorreram entre os dias 25 e 27 de março de 2022, período em que foram identificadas diversas fraudes bancárias praticadas a partir da manipulação de aplicativos do Banco de Brasília (BRB).
Os criminosos se utilizaram de um bug identificado nos aplicativos que permitia o agendamento de transferência bancária via Pix para, na sequência, fazer o cancelamento dessa operação e obter o exato valor indicado como crédito na conta bancária, gerando um expressivo prejuízo ao banco. Obtido o crédito indevido, os investigados transferiam as quantias para outras contas.
Segundo as apurações, foi observado que os alvos da operação tinham conhecimento técnico sobre as falhas nos sistemas que permitiam a posse indevida dos valores após o cancelamento da transação de transferência.
Os investigados podem responder por furto mediante fraude eletrônica e associação criminosa. Promotores do Núcleo de Combate ao Crime Cibernético (Ncyber) participaram das ações coordenadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC). Policiais do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e das divisões de Operações Especiais (DOE) e de Operações Aéreas (DOA) também prestaram auxílio à operação.
O nome da operação — Payback — faz referência à tradução da palavra inglesa retorno e, dentro do universo dos negócios, designa um cálculo para que o investimento inicial seja recuperado.