A Polícia Civil do DF (PCDF), por intermédio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), com o apoio de policiais do CyberLab, do Ministério da Justiça, deu cumprimento a Mandado de Busca e Apreensão contra um homem, 21 anos, no Riacho Fundo, apontado nas investigações como integrante de grupo e canal na internet que veiculava arquivos de abusos sexuais infantis.
De acordo com a PCDF, as investigações apuraram que integrantes do referido grupo coagiam e forçavam crianças a praticarem, em si, atos de cunho sexual. Caso elas não atendessem, eram ameaçadas de terem arquivos íntimos para seus familiares – configurando o chamado “estupro virtual”.
Na ocasião do cumprimento do mandado judicial, foram aprendidos computador, aparelho celular e pen-drive do investigado que continham diversos arquivos de pornografia infantil. Na Delegacia, o autor confessou que integrava canal de pedofilia na internet, já tendo transmitido arquivos do gênero em tempo real no grupo identificado. Ele negou ter praticado estupros virtuais, mas apontou alguns usuários que assim agiam.
O autuado responderá pelos crimes dos Arts. 241-A e B do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA). Somadas, as penas podem chegar a 10 anos de reclusão.
Paralelamente à ação deflagrada pela PCDF, a Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) também cumpriu Mandado de Busca e Apreensão contra outro integrante da mesma associação criminosa, apontado como o criador deste grupo na plataforma de Internet. Na residência deste indivíduo, foram encontrados aparelho celular e outros dispositivos que reforçam os elementos trazidos na investigação, os quais apontam para a prática reiterada de pedofilia.
O canal e servidor da plataforma da internet já foram retirados e extintos. As ações da PCDF e da PCSC contaram com o apoio do CyberLab/Ministério da Justiça para organização e deflagração simultânea da operação integrada.
O nome Athene faz referência a uma espécie de coruja, popularmente conhecida como coruja-buraqueira, que defende o ninho voando em direção ao predador em potencial, atacando qualquer fonte de perigo. Assim, trata-se de uma analogia ao trabalho policial no combate ao abuso e exploração sexual infantojuvenil praticados por meio da internet