PCDF Realiza Operação Rainha do Gado e Justiça bloqueia R$ 24,6 Milhões de Organização Criminosa

A Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF deflagrou a terceira fase da Operação Rainha do Gado, desarticulando uma organização criminosa baseada em Brazlândia, especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. A Justiça determinou o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$ 24.647.100,23, pertencentes a 11 investigados. Fraudes Milionárias e Documentos Falsos Após 18 meses de investigação, conduzida pela 18ª DP, foi descoberto que o grupo obtinha empréstimos fraudulentos com o apoio de gerentes bancários, que facilitavam as operações oferecendo financiamentos com juros reduzidos. Em troca, cobravam entre 5% e 20% do valor liberado. O esquema utilizava documentos falsificados, como contracheques adulterados, para inflar a margem de crédito dos beneficiários e enganar as instituições financeiras. A líder da organização, presa na primeira fase da operação em junho de 2024, manipulava esses documentos utilizando programas de computador. Estrutura Hierarquizada O grupo criminoso era organizado em três frentes principais: • Corretores: Aliciavam clientes e ofereciam os empréstimos fraudulentos. • Fraudadores: Produziam os documentos falsificados necessários para viabilizar os créditos. • Intimidadores: Coagiam os clientes que tentavam desistir, utilizando conexões com criminosos de histórico violento. Movimentação Financeira Suspeita O grupo movimentou mais de R$ 54 milhões em cinco anos, incluindo R$ 32 milhões identificados na primeira fase da operação e outros R$ 12 milhões rastreados recentemente. Apesar da expressiva movimentação financeira, a líder do esquema declarava uma renda mensal de apenas R$ 9,4 mil. Bens Bloqueados A Justiça, atendendo ao pedido da PCDF e com o aval do Ministério Público, ordenou o bloqueio de: • Sete veículos, avaliados em R$ 490 mil • Sete imóveis, no valor de R$ 2,6 milhões • Oito objetos eletrônicos, avaliados em R$ 33 mil • Ativos financeiros superiores a R$ 47 mil

 

Crimes e Punições Os suspeitos responderão por organização criminosa, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro, com penas que podem chegar a 24 anos de prisão. A PCDF destacou que a operação visa desarticular o grupo criminoso, interromper as atividades ilícitas e recuperar os prejuízos causados às instituições financeiras e à sociedade. As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e ampliar a recuperação de recursos desviados. Atendimento à Imprensa O delegado-chefe adjunto da 18ª DP, Diego Luís Castro, atende a imprensa nesta terça-feira (10), das 14h às 17h, na sede da delegacia.

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