Polícia desarticula tráfico interestadual de cocaína após cumprir 80 mandados no DF e em estados

Na manhã desta quinta-feira (4/5), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma operação com o objetivo de combater uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas interestadual e lavagem de dinheiro.

Sob o comando da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) da PCDF, a ação – batizada de Operação IL PADRINO – cumpriu 80 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária no Distrito Federal e nos Estados de GO, SP, RJ, TO, MS, CE e MG.

“Os investigados associaram-se para praticar tráfico ilícito de drogas interestadual. Eles atuavam na compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de drogas entre Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, notadamente cocaína e drogas sintéticas”, disse o delegado-chefe, responsável pela operação.

A ação também bloqueou de dezenas de contas bancárias, com sequestro judicial de valores, cinco imóveis e 20 veículos de luxo.

INVESTIGAÇÃO

Segundo a polícia, a organização criminosa investigada é altamente hierarquizada, capitalizada, age em diversos estados e está envolvida no transporte de grandes quantidades de cocaína das fronteiras do Brasil até o Distrito Federal.

Em 2013, o principal investigado foi preso em Brasília com mais de mil comprimidos de “ecstasy” e condenado, com outros quatro criminosos, por tráfico e associação para o tráfico. Na época, ele era um traficante mediano e atuava como batedor de carregamentos de drogas.

 

Entre 2013 e 2023, este criminoso evoluiu de um traficante mediado para uma das lideranças de facção criminosa local do DF, e tornou-se um traficante milionário. Recentemente, este homem foi condenado por integrar organização criminosa, a Orcrim, no DF.

Segundo constatou a PCDF, na Operação Judas, realizada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), essa organização criminosa do DF – Orcrim – é responsável pela prática de vários crimes: tráfico de drogas e armas de fogo, homicídios no Riacho Fundo, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga.

O líder da Orcrim possui vínculos concretos com facção criminosa paulista (PCC) e recebeu altos valores de contas correntes de “laranjas”, identificadas como “contas caixas” da citada facção, para vender de cocaína em Brasília. Tanto este líder da Orcrim quanto os outros integrantes dela realizaram movimentações bancárias frequentes e de altos valores, muitas vezes milionários.

A Orcrim também recebeu dinheiro de inúmeros traficantes de drogas do DF, entorno e de outros estados. A organização também transferiu direitos sobre de veículos para vários criminosos envolvidos em crimes violentos e tráfico de drogas.

 

 

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