A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, na tarde desta terça-feira (4), um empresário do estado de Pernambuco que comandava o esquema de comércio ilegal de cerveja vencida no Distrito Federal.
O empresário foi preso pelas equipes da 18ª DP na região central de Taguatinga, no DF, quando entrou em um hotel. A PCDF já estava monitorado o empresário. Ele vinha de Recife, capital de Pernambuco, e desembarcou em Brasília na manhã desta terça-feira (4).
A prisão preventiva foi determinada pelo juiz da Vara Criminal e Tribunal do Júri de Brazlândia. Segundo o magistrado, o empresário “vendeu bebidas impróprias para o consumo para diversos estabelecimentos, havendo, ante o volume das transações criminosas praticadas, a possibilidade concreta de que continue a praticar o referido
crime se permanecer solto”.
O esquema criminoso foi descoberto recentemente em uma operação policial conjunta entre a PCDF e a Polícia Militar do DF no último dia 30 de março. O empresário é proprietário da empresa localizada em Brazlândia, no DF, que envasava e comercializava água mineral, mas foi fechada pela Vigilância Sanitária no dia da operação.
“A adulteração ocorria em Brazlândia, mas as ordens emanavam de Recife, com o empresário à frente do esquema”, explicou o delegado-chefe da 18ª DP, Fernando Cocito.
Segundo as investigações, a empresa trabalhava fazendo o envasamento de água mineral. Porém, nos últimos meses, passou a adulterar e comercializar latas de cerveja vencida, remarcando a data de validade. No dia da operação que desarticulou o esquema de adulteração da bebida, 20 funcionários foram surpreendidos em flagrante remarcando a data de validade de paletes de cerveja. O gerente da empresa foi preso em flagrante.
A operação policial localizou latas de cerveja com a numeração suprimida e latas já remarcadas, todas vencidas. No total, 152.000 latas de cerveja vencidas foram apreendidas.
No ano de 2016, o mesmo empresário foi preso na Operação “Longa Manaus”, da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), suspeito de atrapalhar uma investigação sobre uma organização criminosa. No mesmo ano, o pai do empresário foi preso na Operação Tsunami da PCPE, suspeito de fraudar licitações na prefeitura de Catende, em PE.
Nas investigações da PCDF, o empresário é suspeito de manter em depósito para revenda mercadoria em condições impróprias ao consumo, crime punido com pena de detenção, de 2 a 5 anos, ou multa.