CASAL FOI MORTO A TIROS POR DISPUTA DE PONTO PARA VENDA DE LANCHES NO DF, CONCLUI POLÍCIA

O assassinato do casal Laercio Moreira, de 54 anos, e Helena Moreira, de 50 anos, foi motivado por uma disputa por ponto de venda de lanches, em frente a uma faculdade particular em Águas Claras, no Distrito Federal. A conclusão é da Polícia Civil.

As vítimas foram assassinadas a tiros em 11 de abril, na casa onde moravam, em Ceilândia. Câmeras de segurança. flagraram o momento em que três homens entraram na residência, enquanto um esperava dentro de um carro. Após alguns minutos, eles saíram com pertences do casal.

Os quatro suspeitos já foram detidos. Inicialmente, os investigadores acreditavam na hipótese de latrocínio – roubo seguido de morte. No entanto, segundo a corporação, o crime é um duplo homicídio, que teria sido orquestrado por Hyago Lorran Franco, de 29 anos. Ele confessou envolvimento.

Laercio vendia salgados em frente à faculdade particular há quatro anos, de manhã e à noite. A esposa trabalhava como copeira em um hospital privado, mas ajudava o marido com o negócio. Há dois meses, o casal precisou mudar o local da barraca e ficou mais próximo de onde Hyago, que também vendia lanches no local, atuava.

Segundo a Polícia Civil, a partir daí, os dois tiveram um desentendimento e Laercio passou a ser ameaçado. Foi nesse momento que Hyago começou a planejar o assassinato do comerciante, de acordo com os investigadores.

Dia do crime

No dia do crime, o suspeito foi até a casa do casal, na QNP 32, para checar se estavam em casa. Em seguida, chamou três amigos, incluindo um menor de idade, e partiram para o local, onde cometeram o crime, por volta de 12h.

As imagens mostram que um carro vermelho se aproximou da residência, e três homens desceram e entraram pelo portão. O vídeo exibe que um quarto suspeito continuou no veículo, esperando pelos outros criminosos.

Em menos de dois minutos, dois dos três homens que entraram na casa, saíram correndo e fugiram no carro vermelho. O terceiro pegou o carro da família e levou um aparelho de televisão. Segundo a polícia, o grupo roubou os pertences para enganar a investigação com a hipótese de latrocínio.

No entanto, os investigadores da 23ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, desconfiaram da versão por conta da crueldade do assassinato. Segundo a polícia, as vítimas foram colocadas de joelhos antes de serem baleadas. Quando o primeiro suspeito foi preso, no dia do crime, as apurações avançaram.

“Ao longo da investigação, nós verificamos que esse crime [de latrocínio] não se sustentaria, por conta das circunstâncias como ele aconteceu. As vítimas foram realmente executadas, os tiros foram na cabeça. Nós acreditamos que elas estavam de joelhos quando aconteceu o fato. E a história foi se desconstruindo após a prisão do primeiro autor”, afirma o delegado Gustavo Farias Gomes.

O casal vivia no local com dois filhos. Os suspeitos vão responder por duplo homicídio qualificado, por motivo torpe, além de corrupção de menores.

G1

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