Nesta sexta-feira (25), a Polícia Civil do Distrito Federal – PCDF, por intermédio da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes – Corf, deflagrou a Operação Asperger para desarticular grupo criminoso que praticou os crimes de furto mediante fraude por meio eletrônico – pena de dois a oito anos, associação criminosa – pena de um a três anos e lavagem de dinheiro – pena de três a dez anos.
Em outubro de 2021, integrante desta associação criminosa, se passando por falso funcionário de um banco, telefonou para uma instituição filantrópica que presta assistência a pessoas com deficiências intelectuais e múltiplas e autismo, e, sob o argumento de que havia uma suspeita de fraudes em transações bancárias, induziu tal pessoa a instalar um suposto dispositivo de segurança. A partir de então, os criminosos subtraíram R$ 220 mil da conta bancária da entidade, distribuindo os valores inicialmente para duas contas de empresas (supermercado e tapeçaria), cujos proprietários realizaram várias transferências para contas de pessoas físicas, saques, PIX, pagaram boletos de impostos e usaram em máquinas de cartão de crédito/débito, para tentar ocultar as quantias adquiridas de forma ilegal.
Até o momento seis pessoas foram presas e 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Vicente Pires, Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Santa Maria/DF, Novo Gama e Santo Antônio do Descoberto/GO.
Parte dos investigados possuem antecedentes criminais por latrocínio, estelionato, porte ilegal de arma de fogo, roubo, tráfico de drogas e receptação.
A PCDF ressalta que as instituições bancárias não fazem ligações para realizar liberação ou atualização de dispositivos e nem orientam os clientes para se dirigirem até um terminal de autoatendimento para realizar qualquer tipo de transação; caso recebam qualquer telefonema dos bancos, o cliente deve anotar os dados e, preferencialmente em outro aparelho telefônico, ligar para os canais oficiais bancários ou para o gerente da conta. As pessoas sempre devem desconfiar quando o interlocutor alegar urgência para solucionar o suposto problema; não confiar no número que aparece no visor da ligação recebida, pois existem aplicativos que camuflam o número, aparecendo o número da central dos bancos. Por fim, a PCDF alerta que dados pessoais e senhas somente são solicitadas quando a ligação é iniciada pelo cliente, o contrário não ocorre.
Assessoria de Comunicação – PCDF/DGPC