Polícia apreende carro e 19 motos em galpão particular de servidor do Detran-DF

Na manhã desta quarta-feira (3), a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou uma operação para apurar crimes contra a administração pública, supostamente praticados por um servidor público do Detran-DF. Segundo as investigações, carros e motocicletas apreendidos por débitos estariam sendo usados por pessoas ligadas a este servidor.

Os veículos, tirados do pátio da instituição de forma irregular, foram passados a particulares, próximos a suspeito. Estas pessoas, conforme a polícia afirmou, estariam usando os veículos “como se donos fossem”, o que pode enquadrar-se como crime de peculato, desvio e apropriação.

De acordo com a polícia, estes veículos foram apreendidos há cerca de um ano, em razão de multas e outros débitos, e deveriam estar no pátio do Detran-DF, à disposição de seus proprietários, em caso de regularização dos débitos, ou para seguir os trâmites de leilão.

As investigações também apuram o envolvimento destes particulares em um esquema de corrupção. Isto porque, ainda segundo a PCDF, os suspeitos já que poderiam estar cientes das irregularidades destes carro e motos, já que os veículos não eram transferidos, e passavam a ser de “propriedade” desses terceiros.

Com a deflagração da operação foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, inclusive os computadores que um dos suspeitos usava no Detran-DF. Três veículos investigados (uma motocicleta e dois carros) foram apreendidos.

No endereço de um dos investigados, a polícia localizou uma das motos que é alvo da operação, além de outras 19 motocicletas; todas com suspeitas de irregularidades nas transferências.

Para a PCDF, isto “pode indicar que o esquema de peculato e desvio tinha grande porte e estrutura, já que o investigado possuía um galpão com estas motocicletas que deveriam estar apreendidas na instituição e não em residência particular”.

A polícia também “não descarta a possibilidade de alterações nos sistemas para oportunizar transações de veículos e peças de forma irregular”. E acrescenta que “as apurações prosseguem no sentido de verificar a presença de organização criminosa, demais peculatos e falsidades

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